Existem diretores tão ousados que antes de ver um de seus filmes pela primeira vez você já sabe o que enfrentará. No caso de Lars von Trier, sua marca registrada é provocar o telespectador e às vezes levá-lo ao limite. Desde que o cineasta dinamarquês iniciou sua carreira, o adjetivo "polêmico" o perseguiu dentro e fora do cinema.

Inclusive, um de seus filmes causou horrores quando foi exibido pela primeira vez no Festival de Cinema de Cannes: 100 pessoas deixaram o cinema. A Casa que Jack Construiu chegou aos cinemas em 2019 — atualmente está disponível no Globoplay — mas, antes de sua estreia, o filme fazia parte da prestigiada competição francesa.

A história, estrelada por Matt Dillon, segue Jack, um serial killer inspirado em Ted Bundy, por mais de uma década. O problema do filme foi que os crimes que Jack comete são representados de forma tão cruel e macabra que o público não aguentou e optou por não continuar assistindo ao projeto do cineasta. O gatilho foi uma cena em que o personagem de Dillon atira em duas crianças com um rifle e explode suas cabeças.

Quem esteve presente durante a exibição em Cannes não hesitou em compartilhar a experiência através de suas contas no Twitter. Um participante disse: "Nunca vi nada assim em um festival de cinema. Mais de 100 pessoas saíram de A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier, que mostra a mutilação de mulheres e crianças. 'É nojento', uma mulher quando ela saiu."

Um dos espectadores que saiu da sala publicou: “Acabei de sair da estreia de Lars von Trier em Cannes 2018 porque ver crianças sendo baleadas e mortas não é arte nem entretenimento”.

Outro usuário disse: "A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier, foi uma das experiências cinematográficas mais desagradáveis ​​da minha vida".

Em vista de seu lançamento nos cinemas, as críticas foram mistas, mas todos concordaram em uma coisa: A Casa que Jack Construiu foi o filme mais extremo e polêmico do ano. No Rotten Tomatoes, o filme tem uma pontuação de crítica e público muito semelhante: a primeira é de 60% e a segunda é de 64%.

A Casa que Jack Construiu, estrelado por Uma Thurman, Riley Keough e Ed Speleers, é o último filme que Trier fez. Ele não esteve atrás de um longa-metragem desde então.

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