Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, relata paternidade solo: "Para sempre"
Thales Bretas aceitou o convite de uma empresa de cosméticos para falar, pela primeira vez publicamente, sobre como seguirá a paternidade após a morte do seu marido, Paulo Gustavo, em abril deste ano por complicações da covid-19.
“Sempre sonhei ser pai, constituir família. Quando me descobri gay, esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade. Conheci Paulo Gustavo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai. Juntos, a gente viu uma força que poderia quebrar esse paradigma da família tradicional”, conta o dermatologista.
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Thales lembrou do processo de gestação dos pequenos, que foi realizado por uma barriga de aluguel nos Estados Unidos. “A gente conseguiu trazer à vida os frutos do nosso amor, que são Gael e Romeu, dois meninos. Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento. Dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos. Agora só tem eu, e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho", relatou.
O médico expressou que deseja criar os pequenos de 1 ano com afeto e liberdade. “Sensibilidade não é nem masculina nem feminina. Aí que eu percebi que ser homem é também sentir, porque o ser humano sente. E é assim que eu quero criar meus filhos, sendo fortes o suficiente para se sensibilizarem", desejou.
O viúvo ainda lembrou que sua sexualidade não diminui sua paternidade. “Ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto. Então, não tem diferença se é homo ou heterossexual. Não muda nada. O que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos. Eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Acordo e levanto. Não tem outro jeito, a vida se impõe. Aí eu olho para os meus filhos, para a minha família, para os meus amigos, para as minhas lembranças e continuo. Por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre", concluiu.