Tadeu Schmidt entrega o que sentiu quando a filha se revelou queer
Tadeu Schmidt nunca tratou a sexualidade das filhas como tabu. Nesta segunda-feira (21), o apresentador do "BBB" participou do "Papo de Segunda", no canal GNT, e revelou o que sentiu quando Valentina, de 20 anos, declarou-se "queer" no dia do orgulho LGBTQIA+.
Pra mim não mudou absolutamente nada. Não posso nem dizer que eu a acolhi porque foi um dia como outro qualquer. Continuamos nos amando do mesmo jeito, minha filha continua sendo a mesmaresumiu Tadeu
Segundo o jornalista, a única preocupação foi com o que os conservadores pensariam sobre seus posicionamentos após a exposição de Valentina.
"Se tem uma coisa que eu lamentei é que quando a Valentina faz essa declaração, o conservador vai dizer ‘a filha do Tadeu é meio assim, por isso ele fica defendendo essas coisas’. Eu já defendo isso há muito tempo. E sendo a minha filha não mudou nada, que ela seja feliz do jeito que ela quer", continuou.
Tadeu pontuou que sempre foi aberto ao diálogo na criação das filhas. Valentina nunca precisou comunicar aos pais que não é heterossexual. Ela publicou sobre a sua orientação nas redes sociais quando se sentiu à vontade e não recebeu nenhum tipo de "puxão de orelha" da família por isso.
O que é queer?
A própria Valentina Schmidt explicou um pouco sobre o significado do termo quando falou sobre sua experiência com a sexualidade. "Por anos, tive muita dificuldade em me aceitar e me amar e isso bloqueava, de certa forma, meu amor por outras pessoas", disse em um trecho.
"Sou 'queer', ou seja, no meu caso, minha orientação sexual e atração emocional não correspondem à heteronormatividade", completou. "Eu me amo e amo todes [linguagem neutra] vocês. Essa sou eu. Simples assim", acrescentou a jovem, que se identifica com os pronomes ela/dela como mulher.
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O detalhe é que o termo "queer", traduzido como "estranho" em português, foi escolhido por representar uma forma de se relacionar diferente do que a estrutura heterossexual impõe na sociedade e é mais utilizado fora do Brasil.
"São aqueles que não se identificam com o 'G' de gay, por entenderem que ser gay traz agora uma série de significâncias diferentes. Algumas pessoas associam a um padrão de gay, o homem branco, cisgênero, classe média. E querem se distanciar desse estereótipo", declarou André Fischer, Diretor do Centro Cultural da Diversidade, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ao "UOL".