Studio SP, na rua Augusta, fecha as portas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Studio SP fechou as portas na rua Augusta, no centro de São Paulo, após pouco mais de um ano de reabertura temporária.

A casa voltou a funcionar em novembro de 2021, oito anos depois do encerramento das atividades em 2013. O retorno ocorreu devido a um patrocínio da Heinekein -a empresa investiu em outros espaços paulistanos para reabri-los ou dar fôlego financeiro a eles após o período da pandemia.

O contrato, porém, tinha duração de um ano -o espaço estendeu a programação por dois meses devido a um adiamento de shows no ano passado, causado pela variante ômicron da Covid.

E agora, o Studio SP, que marcou a noite paulistana, volta a encerrar suas atividades.

"Foi uma satisfação revistar esse projeto tão importante para a minha vida e para a vida de tantas pessoas", afirma ex-secretário municipal de Cultura da capital paulista Alê Youssef, fundador do espaço. "O Studio SP representa renovação e resistência cultural. Tenho certeza que ele pode voltar em outros tempos e formatos."

Além do patrocínio da Heineken, o espaço recebeu investimentos do Mercado Bitcoin. Naquela altura,a cas anoturna ganhou ainda o reforço societário do presidente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, Alê Natacci, e de Ronaldo Lemos, colunista da Folha de S.Paulo e curador do extinto Tim Festival.

Nesse período, o Studio SP diz que recebeu mais de 40 mil pessoas para shows de artistas como Céu, Tom Zé, o Luedji Luna, FBC e Tuyo.

No ano passado, o espaço também transmitiu debates entre candidatos à Presidência da República e recebeu o atual presidente Lula (PT) para a gravação de uma de suas campanhas.