"Quem te disser para não usar máscara é um assassino", compartilha mãe de Paulo Gustavo
Resumo da notícia
Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, se revoltou contra a fala do presidente Jair Messias Bolsonaro sobre acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras
O presidente quer cancelar o uso de máscaras para quem está vacinado ou já contraiu a Covid-19.
Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o vírus, e quem já contraiu pode ter uma reinfecção da doença
Em seu Instagram, Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, se posicionou contra o discurso do presidente Jair Messias Bolsonaro, que anunciou nesta quinta-feira (10) que o governo deverá emitir um parecer do Ministério da Saúde cancelando a obrigatoriedade do uso de máscaras.
Déa Lúcia compartilhou um post com o apelo: "Quem disser a você para deixar de usar máscara durante uma pandemia descontrolada é um assassino. Saia de perto, corte relações. Não presta". A mãe de Paulo Gustavo completou: "Assino embaixo. Usem máscara, amigos!".
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A medida teria sido assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e valeria, de acordo com o presidente, para aqueles que já tenham contraído a Covid-19 ou que tenham sido vacinados contra o novo coronavírus. Vale lembrar que pessoas que já contraíram a Covid-19 podem ser reinfectadas outras vezes, e mesmo quem já está totalmente vacinado ainda pode transmitir o vírus.
Crítica ao governo
Em entrevista durante o especial do 'Fantástico' homenageando a carreira de Paulo Gustavo, a mãe do humorista, Déa Lúcia, se emocionou ao falar sobre casos de corrupção durante a pandemia. Paulo Gustavo morreu após dois meses internado com um caso grave da Covid-19.
"Fiquei 53 dias rezando, pedindo forças para Deus. Na pandemia, cada morte de um filho eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho também ia passar por isso. Roubar na pandemia é assassinato. Durante um ano, quando meu filho estava viajando pelo país até as crianças nascerem, ele terminava o espetáculo dizendo que homofobia era crime e corrupção mata. E roubar na pandemia é assassinato!", disparou, chorando.
CPI da COVID
Atualmente, o Senado apura ações e omissões do governo federal no combate à pandemia na CPI da Covid. Em um dos depoimentos mais recentes, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que o presidente Jair Messias Bolsonaro tinha um ministério paralelo para aconselhá-lo em relação ao combate à Covid-19.
"Participei de inúmeras reuniões nas quais o filho do presidente, que é vereador no Rio, estava presente tomando notas", disse Mandetta. "A imunidade de rebanho, sem comprovação científica, é possivelmente uma das teorias defendidas pela assessoria paralela de Bolsonaro", afirmou. Mandetta contou também que viu uma minuta de documento da Presidência da República para que a cloroquina tivesse na bula a indicação para covid-19.