Príncipe Philip nunca foi rei, mas teve papel importante no reinado de Elizabeth II
O príncipe Philip, duque de Edimburgo, morreu nesta sexta-feira (9), e deixou sua marca na monarquia britânica. Primo de Elizabeth II, ele já era predestinado ao trono e abriu mão do reinado ao se casar com a filha do rei George.
Pela lei que rege a coroa inglesa, o título de rei só pode ser dado ao homem que herda o trono. Quando uma mulher é a governante, seu marido se torna conhecido como príncipe consorte. Mas no caso do Philip, até 1957, ele tinha apenas o título de duque mesmo sendo filho do príncipe André, irmão do rei Constantino da Grécia e herdeiro da rainha Vitória.
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Mas a rainha mudou uma das cartas que regem a monarquia para dar ao marido, insatisfeito com seu lugar na corte, o título de príncipe. Ele foi o primeiro consorte a se ajoelhar para uma mulher monarca e jurar lealdade e respeito à mulher e a posição que ela ocuparia até hoje, mais de 60 anos depois.
O duque é retratado na série ‘The Corwn’, da Netflix, como um pai não muito amoroso aos quatro filhos que teve com Elizabeth, além de retratar traições que ele teria cometido e as queixas que teve durante grande parte da vida ao seu papel de marido da monarca. Ele se dedicou durante a vida a Marinha inglesa e conquistou diversas medalhas.
Casamento
O casamento da então princesa com o príncipe aconteceu oito anos após eles se conhecerem. Primos, mas não tão próximos, eles tiveram o aval do rei George V, pai de Elizabeth II, e foi muito bem quisto pela corte. Depois de dois anos de casados, ela ascendeu ao trono e começou a tomar grandes decisões em nome da monarquia e do Reino Unido.
Mesmo sem poder de decisão, Philip sempre foi um importante conselheiro para a Rainha por seus conhecimentos militares e a vivência com pessoas de fora da corte. Ele também desenvolveu um papel, ao longo dos anos, de quebra-gelo oficial de Buckingham. Enquanto ela precisava se manter distante e resguardada atrás de vários protocolos, o grego era quem contava piadas e puxava diversas conversas durante os eventos oficias e se aproximou dos súditos.
Funeral
Os membros da realeza criam codinomes para comunicar a morte de pessoas do alto escalão e estão sempre com o os protocolos de ação prontos. A operação Quarta Ponte, ou Forth Bridge, foi colocada em vigor assim que a morte de Philip foi declarada e os membros da corte começaram a ser avisados.
Por insistência própria, ele não terá um funeral de estado, com pompa, como seria esperado ao marido da rainha. Haverá o chamado funeral real, que acontece de forma mais discreta cerca de oito dias após a morte. O período é necessário para representar o luto que os países membros do Reino Unido devem respeitar.
Inicialmente uma procissão do caixão iria cruzar Londres ladeada de membros das forças armadas, que ele pertenceu por mais de 50 anos, mas por causa da pandemia de covid-19 as homenagens devem se restringir ao castelo de Windsor, onde ele morava, e após o período de luto ser sepultado na Capela de São Jorge.