O que muda agora que Harry e Meghan Markle não fazem mais parte da realeza?
Se você acompanhou tudo o que aconteceu na última semana com o príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, deve estar se perguntando o que acontece agora que o casal deixou a família real britânica. Para sanar as suas dúvidas e entender melhor os próximos passos do casal real, conversamos com Sérgio Ribeiro, professor e coordenador de História da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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1.Mudança protocolar e não de título
Segundo o historiador, a decisão de Harry e Meghan tem mais relação com os protocolos que envolvem a família real do que com os títulos que carregam. Harry é, hoje, Duque de Sussex, herdeiro direto da Rainha Elizabeth II e sexto na linha de sucessão para o trono britânico. Tudo isso continua como está. Verdade, as chances de o caçula de Lady Di vir a ser rei um dia são mínimas, mas tanto o seu papel na árvore genealógica da família, quando o do filho, Archie (sétimo na linha sucessória), se mantém.
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O professor explica que o que muda de verdade agora é que algumas obrigações que antes o príncipe tinha que cumprir estão suspensas. As mais marcantes delas são ter uma fonte de renda própria e a possibilidade de dividir o tempo, como ele mesmo disse, entre dois continentes: a América do Norte e o Reino Unido. Membros da família real obrigatoriamente precisam manter as suas residências apenas na terra da Rainha e aqueles que estão na linha direta de sucessão ao trono não podem trabalhar por si próprios.
2.O casal não terá uma "vida comum"
Por mais que seja interessante fantasiar com um príncipe vivendo a paisana na sua cidade natal, fato é: Harry e Meghan dificilmente terão uma vida comum. Segundo Sérgio, o casal entra, sim, como parte do mundo das celebridades e é bastante provável que a cobertura a respeito das suas vidas continue - nada de vê-los tranquilamente passeando pelo shopping ou indo à padaria de manhã sem seguranças, por exemplo.
Aliás, o próprio comunicado liberado pelo casal explica que os dois pretendem abrir uma instituição de caridade, o que significa que o apoio público será muito importante para ajudar a causa que defendem. Agora, no entanto, eles com certeza ficam mais livres para explorar a própria fama do jeito que consideram mais útil e, talvez, não imposta e sujeita totalmente aos desejos dos tabloides britânicos.
3.Eles ainda serão custeados pela rainha…
… Mas em parte. O que o professor explica é que, de fato, a vida de um príncipe e sua esposa são custeados pelo tesouro britânico. Agora, no entanto, esse custo não será completo. Harry e Meghan precisarão, sim, trabalhar em busca da própria independência financeira, mas também serão custeados pelo Reino Unido sempre que fizerem viagens e participarem de outros compromissos em nome da família real.
"Qualquer participação haverá esse patrocínio. Tem uma certa independência em termos protocolares, algumas coisas que não terá mais a obrigação [de serem cumpridas], mas de alguma forma ele terá participação da vida familiar", explica.
Basicamente, por conta do título e sua posição na linha sucessória, tanto Harry quanto Meghan eram proibidos de terem qualquer fonte alternativa de renda. Até o momento, eles recebiam 5% do chamado Sovereign Grant, o orçamento reservado para a família real cumprir com as suas obrigações e acumulado através do pagamento de impostos pelos cidadão britânicos.
4.Eles ainda terão uma casa no Reino Unido
Por apontamento da Rainha, Harry e Meghan se mudaram para a Frogmore Cottage depois do casamento e antes do nascimento de seu primeiro filho, Archie. Apesar de ser residência do casal, a casa não necessariamente é propriedade deles - segue sendo da Rainha Elizabeth II. Porém, segundo o site oficial do duque e da duquesa, o imóvel continuará sendo usado pelos dois (com a permissão da Rainha, claro!) como sua residência enquanto estiverem no Reino Unido, também para continuar demonstrando o seu apoio à monarquia.