No primeiro paredão do “BBB 22”, o que falta é a opção de “eliminar todo o elenco”

Participantes do
Participantes do "BBB 22" não querem jogar (Foto: Reprodução/Globo)

A primeira formação de paredão do “BBB 22” foi bem conduzida por Tadeu Schmidt, pegou os participantes de surpresa e criou o clima que o público esperava para o jogo finalmente engrenar. Mas isso era só o que parecia. O que poderia ser um excelente pós-paredão, com Naiara Azevedo, Luciano e Natália na berlinda, transformou-se em uma noite terrível, vergonhosa para quem gosta de reality.

Naiara Azevedo ameaçou sair do programa para cuidar da sua saúde mental. A cantora fez todo mundo chorar, afirmou que não gostaria de acabar com o sonho de dois participantes que entraram anônimos (Natália e Luciano), e por isso achava melhor ser a eliminada do paredão atual.

O elenco não soube lidar com o discurso da artista e passou a argumentar para que ela continuasse na casa pelo menos até terça-feira (25). Luciano também aproveitou o palco para agradecer pela oportunidade de conviver com os colegas de confinamento. Como diria Boca Rosa, o que é isso? Um filme?

A palestra de Naiara acabou esfriando qualquer possibilidade de treta após a votação. Quem queria tirar satisfação sobre voto já não estava mais com o “sangue quente”. Quem já estava com o psicológico abalado, como Maria, também sentiu vontade de sair da casa. E quem queria dar uma solução rápida para o problema, como Tiago Abravanel, passou de todos os limites sugerindo que o programa seja "paz e amor", sem discórdia, aceitação e respeito. Foi um erro atrás do outro.

O elenco já não rendia nos primeiros dias e parte do público se apegava na possibilidade da entrada dos participantes que estavam com Covid-19 chegarem agitando a casa. A formação do primeiro paredão também estava entre as expectativas, pois a partir dali os jogadores poderiam se irritar com os votos e criar conflitos. A questão é que ninguém se incomodou. Pedro Scooby chegou a agradecer e perguntar se poderia votar nele mesmo! Assim não dá para defender.

Mais difícil que assistir uma noite de paredão cheia de surpresas, com cada participante votando em duas pessoas, contragolpe e bate-volta ser jogada no lixo, é tomar a decisão de eliminar alguém no paredão que acaba de se formar. Para se desculpar com o público, o mínimo seria Boninho dar a possibilidade de votarmos para "eliminar todo o elenco", começar do zero e fingir que nada disso aconteceu.