Luisa Sonza relembra assassinato do avô em novo álbum e exalta feminismo
Luisa Sonza não quer mais segredos entre ela e o público. A cantora reuniu a imprensa na noite de quinta-feira (13) para falar sobre seu novo álbum ‘Pandora’ e revelou histórias íntimas envolvendo familiares, e o caminho que trilhou para chegar neste lugar.
Já conhece o Instagram do Yahoo Vida e Estilo? Segue a gente!
A primeira música, que leva o nome de sua mãe ‘Eliane’, exalta a força da mulher e é uma homenagem pela matriarca ter resistido e existir.
Leia também
Luísa Sonza fala sobre boa forma e revela que já foi vegetariana: "Eu me culpava muito"
Luisa Sonza sobre briga de Whindersson e Carlinhos Maia: 'Não se meta com o meu marido'
“Meu avô foi assassinado quando a minha mãe tinha 13 anos. No dia que meu avô foi assassinado, minha mãe foi defender a minha vó porque ele ia bater nela. Sobrou para minha mãe porque ele estava bêbado e a arranhou toda. Depois disso, o problema foi criar as filhas sem um homem. Só por isso vocês já entendem o porquê eu defendo tanto a união das mulheres”, contou Luisa, sem conter a emoção.
Segundo a artista, as músicas de ‘Pandora’ — nome que tem referência direta ao mito grego ‘Caixa de Pandora’, “aquela que possui todos os dons”— falam sobre tudo o que ela passou para se tornar conhecida e apresentam várias de suas facetas. Ainda de acordo com ela, a boa menina não quer mais “viver em caixas”.
O projeto começou a ser trabalhado após o sucesso de ‘Boa Menina’, lançada em 2018. A canção “é agressiva e apresentou um lado ousado”, que ela nunca havia revelado para a mãe, e nem para o marido Whindersson Nunes. Mas foi ali que a artista se encontrou e entendeu o que deveria fazer daqui pra frente.
“Sou todas as Luisas que eu quiser ser”
“Antes, sabia o que queria fazer, mas não sabia como passar para as pessoas porque não tinha me aberto ainda. Precisava mostrar meus medos e inseguranças. Resolvi me abrir para pessoas desconhecidas e me libertei para valer”, conta Luisa.
No novo álbum, já na nova pegada, a cantora fez um feat com Pabllo Vittar, chamado de ‘Garupa’.
“Não poderia ter feito outro convite. Admiro a Pabllo como pessoa e artista. A gente passa coisas parecidas, somos oprimidas pela mesma fonte. E tem vários outros motivos. Tem alguém mais fora da caixa que a Pabllo? Ela não tem medo de ser quem é. Ela se libertou muito antes e eu me inspirei nela para me libertar também”, elogia a artista.
Ainda segundo Luisa, mulheres e homens podem se identificar com ‘Pandora’ porque todos são polidos pela sociedade e precisam encontrar o caminho da liberdade, algo defendido em suas canções. As faixas do CD também sairão da caixinha no estilo, já que nem todas as músicas têm o perfil dançante.
“No Brasil, a gente acha que o pop tem que ser sempre dançante, música de balada. Mas sempre questionei isso. Rihanna faz música lenta, então também posso fazer. Posso fazer músicas mais profundas e outras mais farofas só para dançar. Não sou uma nova Luisa. Sou todas as Luisas que eu quiser ser”, afirma a jovem.