Harmonização facial: dermatologista explica riscos e benefícios
O Brasil é conhecido pelo número da indústria cosmética, procedimentos estéticos e pela qualidade dos profissionais envolvidos no universo da beleza, porém a cada dia aumentam as denúncias decorrentes de casos mal sucedidos. Um rosto deformado gera problemas, que vão da saúde ao comprometimento da autoestima.
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Por isso, todo cuidado é pouco para os pacientes que pretendem rejuvenescer a partir de um processo de harmonização facial. É preciso atenção, ainda, à “beleza em série”, quando um padrão estético é seguido a partir de outro, não respeitando as características pessoais, comprometendo a identidade.
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O dermatologista Werick França, que integra a equipe médica da MK Clínica Malka, defende a realização de um planejamento de beleza ao paciente que deseja se submeter um procedimento estético. Programar diminui a ansiedade e faz bem ao bolso, garante.
“Não é todo mundo que precisa dessas mudanças nem que todas elas sejam feitas juntas para melhorar as proporções do rosto ou atenuar sinais de envelhecimento”, alerta. Ele afirma que a harmonização é capaz de proporcionar algumas características desejadas, como “bochechas mais salientes, que são símbolos máximos de juventude; lábios superiores e inferiores com volumes idênticos, coisa que só 1% da população do mundo tem; nariz arrebitado, que garante a aparência delicada e feminina; queixo pontudo e o maxilar marcado como pede a moda atual”, relata. E adverte: critérios têm de ser seguidos e avaliados individualmente.
França orienta que, pela regra geral, a harmonização facial pode ser dividida em três etapas. “Eu costumo aplicar toxina botulínica e trabalhar a região das bochechas e das olheiras durante a primeira etapa, para que o paciente veja sua aparência descansada e jovem e não se choque com a mudança. Como a toxina atinge seu efeito máximo em 15 dias, quando o preenchimento também já vai ter se ‘assentado’, o paciente pode retornar ao consultório após esse período para fazer, por exemplo, a mandíbula e o queixo. Na terceira etapa, um mês após o primeiro procedimento, é o momento de tratar a qualidade da pele do rosto, pescoço, colo e mãos, com bioestimulador de colágeno, laser ou peeling.”
A harmonização facial, explica, está entre os procedimentos preferidos entre as mulheres na faixa etária entre 27 e 35 anos. As mais jovens buscam melhorar os ângulos e contornos do rosto enquanto mulheres com mais de 40 anos visam recuperar o volume e a definição naturalmente perdidas.
Negócio da beleza
Parece não haver crise no mercado da estética brasileiro. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, foi registrado aumento de mais de 550% nos negócios, no último quinquênio, e mesmo em épocas econômica fraca a entidade estima um crescimento entre 1,5 e 2% em 2019.
Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica está preocupada com procedimentos realizados por não médicos. Por isso, publicou nota oficial alertando para a “irresponsabilidade institucional de autarquias federais declararem direito de não médicos realizarem procedimentos próprios da medicina.”