Há 6 anos na Grande Rio, Monique Alfradique lista o que faz para estar sarada no carnaval e fala do congelamento de óvulos: 'Para ser livre'
Faltam poucos dias para um reencontro que já virou rotina no carnaval de Monique Alfradique. Há seis anos na Grande Rio, a atriz é daquelas que fazem questão de bater ponto na quadra em Caxias o ano inteiro. Nem por isso nutre o desejo de ser coroada rainha ou coisa do tipo. Quanto mais samba com pé no chão ela tiver e puder mostrar, melhor.
"Eu tenho uma história de anos e repleta de amor, respeito e gratidão com a escola. Tenho orgulho de fazer parte da família Grande Rio, uma escola formada por pessoas batalhadoras, profissionais e que sempre me enchem de amor e boas energias. O que existe é o desejo de levar alegria na Avenida, cantando o samba enredo e valorizando o trabalho de toda a comunidade o ano todo", avalia.
Aos 34 aos, Monique faz jus ao posto de musa que ocupa. Nos meses que antecedem o desfile (a Grande Rio é a segunda agremiação a cruzar o Sambódromo no domingo, 19), intensifica o que já pratica na vida, sem utilizar, ela garante, de fórmulas milagrosas que secam e fazem brotar músculos, que sequer existiam antes, às vésperas da folia.
"Pra mim o que funciona muito bem é uma rotina intensa de exercícios e uma alimentação mais restrita. Corto carboidratos e doce", conta ela.
A preparação, no entano, começa bem antes. "Uns 3 meses antes, intensifico a musculação e o aeróbico. Retomo as aulas de samba, porque, apesar de saber sambar, gosto sempre de aprimorar. E recorro às massagens modeladoras, que também ajudam bastante na retenção de líquidos", lista a atriz.
O corpo moldado pode der visto e admirado numa série de fotos que fez para ensaios carnavalescos. Um deles, inclusive, nua. Monique, porém, acredita que sua beleza vai além.
"Já tem algum tempo que encaro a beleza de outra forma, a conexão comigo mesma me fez entender que a beleza é subjetiva e, quando nos amamos por sermos quem somos, a beleza transcende. Acredito muito no cuidado de dentro para fora. Pratico esportes, ioga, treino, tenho uma alimentação equilibrada e, depois da pandemia, aprendi a meditar. O importante é cuidar da sua saúde mental e física", enumera Monique, que recebeu o prêmio de Melhor Atriz do Festival Brasileiro em Miami com o filme "Bem-vinda a Quixeramobim".
Recentemente, a atriz decidiu congelar seus óvulos para realizar o sonho de ser mãe sem ter que corresponder às cobranças externas. "Vivemos numa sociedade em que a mulher é questionada frequentemente pelo casamento, idade, filhos... Fiz o congelamento de óvulos para ser livre na minha escolha futura".
Procedimentos no rosto, mas não invasivos
Monique escapou da onda de harmonização facial que pegou boa parte das mulheres nos últimos anos. O que ela faz é uma espécie de profilaxia, ou seja, se antecipar aos problemas que o envelhecimento traz. Coisa que aprendeu em casa.
"Venho de uma família de mulheres muito vaidosas. Minha avó passa maquiagem todos os dias, mas não dorme sem seu skincare (risos). Então, cresci vendo ela, minha mãe, cuidarem bastante da pele. Aprendi que se cuidar faz parte do bem-estar e autoestima. Sou adepta de técnicas menos invasivas, faço laser para estimular colágeno e cuidar da tendência que tenho a melasma", observa a atriz, que ytambém não faz parte da ala mais radical que condena as cirurgias ou tratamentos mais invasivos: "Meu corpo e rosto são também instrumentos para exercer meu ofício, por isso, opto por procedimentos mais naturais e que mantenham as características. Acredito no poder de escolha de cada mulher. Se existe algo que a incomode na aparência e que vai deixá-la mais confiante, ela pode, sim, buscar se sentir melhor. O mais importante é entender se é um incômodo pessoal ou apenas uma pressão externa, e, claro, buscar sempre profissionais aptos e com histórico médico positivo".