Gizelly Bicalho luta contra violência doméstica: “A mulher vítima deixou de se amar”

Gizelly Bicalho conversou com o Yahoo! sobre violência doméstica (reprodução / instagram @gizellybicalho)
Gizelly Bicalho conversou com o Yahoo! sobre violência doméstica (reprodução / instagram @gizellybicalho)

Resumo da Notícia:

  • A advogada criminalista conversou com o Yahoo! pelas nossas redes sociais, siga

  • Giselly lembrou que a usa história contra a violência doméstica vem desde a infância

  • Bicalho ressaltou a importância da rede de apoio para uma mulher vítima

Gizelly Bicalho está empenhada em um trabalho de conscientizar e ajudar mulheres que são vítimas de violência doméstica. Em conversa com o Yahoo! pelas redes sociais, a advogada criminalista contou mais sobre esse projeto.

A capixaba acredita que a violência contra a mulher começa antes do tapa, no machismo. “Somos cobrados pela sociedade para namorar, para conhecer pessoas, para nos relacionar culturalmente. Cultura nós mudamos a sociedade da atualidade. Quero que minha filha, meu filho, cresça em uma sociedade igual. Com os mesmos direitos. Os homens, que nunca passaram por isso, não tem noção do que é machismo”, ressalta.

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Sua luta contra a violência doméstica vem da sua história. “Minha mãe ficou casada durante oito anos com meu pai e ele batia nela todos os dias. Durante os três anos de namoro, ele mostrava que era um pouco agressivo, de ‘personalidade forte’, mas depois do casamento isso se agravou. A primeira surra que minha mãe levou foi 15 dias do meu nascimento”, lembrou.

Gizelly ressalta que os comportamentos agressivos apresentam uma crescente de ações. “As pessoas acham que o homem violento, é violento 100% do tempo e não é. Depois de uma agressão, tem a hora da lua de mel. Que o agressor diz ser maravilhoso, que não vai repetir. E a vítima está tão envolvida em um ciclo de violência e as coisas vão piorando”, avaliou.

A advogada contou que quando a mãe denunciou, ela foi ameaçada. “Ele ainda ameaçou de matá-la, me tirar dela, disse que ela era inferior”, contou. “As mulheres estão presas no ciclo da violência e acabam perdoando. Quando a mulher é vítima ela já deixou de se amar a muito tempo, ela precisa ser lembrada a se amar”, apontou.

Rede de apoio é necessária

Uma das coisas mais importantes para uma mulher vítima é ser acolhida em seu momento de dor. “Quando alguém for desabafar para você sobre uma situação que está acontecendo no relacionamento dela, ouça e não julgue. Porque a pessoa vai começar a não querer contar mais a cada julgamento e é importante que você esteja lá”, pediu.