Fiasco em vendas de ingressos para shows de Taylor Swift leva Senado dos EUA a questionar Ticketmaster

Cantora Taylor Swift

Por Diane Bartz e Moira Warburton

WASHINGTON (Reuters) - Senadores dos Estados Unidos criticaram nesta terça-feira a falta de transparĂȘncia e a incapacidade da Live Nation Entertainment de impedir a compra de ingressos por bots, em uma audiĂȘncia convocada apĂłs um grande fiasco envolvendo a venda de ingressos para a prĂłxima turnĂȘ de shows da cantora Taylor Swift.

A Ticketmaster, subsidiĂĄria da Live Nation Entertainment Inc, que jĂĄ nĂŁo Ă© popular entre os fĂŁs hĂĄ anos, atraiu novas crĂ­ticas dos parlamentares dos EUA sobre como lidou com a venda de ingressos no outono passado para a turnĂȘ “Eras” de Swift, a primeira da artista em cinco anos. Especialistas dizem que a Ticketmaster detĂ©m mais de 70% do mercado de serviços primĂĄrios de vendas de ingressos para as grandes casas de shows dos EUA.

"Pedimos desculpas aos fĂŁs, pedimos desculpas Ă  sra. Swift, precisamos fazer melhor e faremos melhor", disse Joe Berchtold, presidente e diretor financeiro da Live Nation, na audiĂȘncia do ComitĂȘ JudiciĂĄrio do Senado dos EUA nesta terça-feira.

"Em retrospectiva, hĂĄ vĂĄrias coisas que poderĂ­amos ter feito melhor --incluindo escalonar as vendas por um perĂ­odo de tempo mais longo e fazer um trabalho melhor para ajustar as expectativas dos fĂŁs para conseguir ingressos", disse Berchtold.

O senador republicano Mike Lee disse em uma declaração inicial que o desastre da Ticketmaster destacou a importùncia de avaliar se "uma nova legislação ou talvez apenas uma melhor aplicação das leis existentes pode ser necessåria para proteger o povo americano".

A Ticketmaster tem dito que os bots usados pelos cambistas estariam por trĂĄs desse caso, e Berchtold pediu mais ajuda para combater os bots que compram ingressos para revenda.

Em novembro, a Ticketmaster cancelou uma venda planejada de ingressos para o pĂșblico em geral para a turnĂȘ de Swift depois que mais de 3,5 bilhĂ”es de pedidos de fĂŁs, bots e cambistas lotaram seu site.

(Reportagem de Diane Bartz, Moira Warburton e David Shepardson)