Natasha Dantas, esposa de Bonner, reflete sobre morte de afilhado: “Depressão é uma doença"
Este texto tem alerta de gatilhos para pessoas sensíveis sobre suicídio, assédio digital, bullying e ataque virtual.
Caso você seja vítima de bullying ou ataque de ódio, ou precise conversar e ser ouvido, não hesite e ligue 188.
Natasha Dantas, casada com o jornalista William Bonner, desabafou sobre a perda de seu afilhado, que morreu aos 21 anos, por causa da depressão.
Por meio das redes sociais, a fisioterapeuta refletiu sobre o fato do jovem ter se suicidado, e pediu que o assunto seja encarado com seriedade e empatia."No início dessa semana minha família sofreu uma grande perda: meu afilhado, com 21 anos, sofrendo de depressão, tirou sua vida. O suicídio acontece com mais frequência do que sabemos, mas ainda não é [um] assunto muito discutido", iniciou.
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Ela continuou refletindo sobre os indicativos que as pessoas próximas possam identificar antes que o indivíduo tome alguma atitude drástica: "Não precisa e não deve ser assim. Precisamos estar sempre atentos aos nossos. São pequenos os sinais que eles nos emitem. É um comportamento. Uma conversa. Um olhar. A legenda de uma foto nas redes sociais. Tudo precisa ser observado. Depressão é uma doença. Ela não some."
"A pessoa convive, mesmo medicada, com a doença dentro dela. É necessário ajuda psiquiátrica e psicológica constante, além do apoio familiar. Fiquem atentos. Cuidem dos seus. E quem sofre desse mal: cuide-se. Procure ajuda, fale abertamente. Depressão tem tratamento. Você pode vencer essa batalha”, finalizou Natasha.
De acordo com um estudo divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o suicídio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, perdendo apenas para acidentes de trânsito.
Saiba como ajudar quem sofre da doença
- Acolha: procure estar presente e ser um bom ouvinte, para que a pessoa perceba que não está sozinha. “Este primeiro passo é essencial para ganhar a confiança de quem sofre”, conta Daniela. Lembre-se de que alguém com transtornos mentais tende a se isolar e sentir culpa, desesperança e, nos casos mais graves, pode cogitar o suicídio.
- Incentive um tratamento: converse e sugira a procura pela ajuda de psicólogos e psiquiatras. “Pedir auxílio reduz o tempo de sofrimento e aumenta as chances e possibilidades de melhora”, diz Thays. O profissional buscará entender a demanda do tratamento e, para casos leves, pode ser proposta simplesmente uma mudança de hábitos ou estilo de vida. Agora, em casos mais sérios, o psicólogo costuma encaminhar o paciente para avaliação psiquiátrica e então são avaliadas questões clínicas e hormonais.
- Não julgue: “A pessoa com depressão não está vendo o mundo sob o mesmo olhar que você. Não adianta dar a sua opinião e exigir que ela entenda a situação da mesma maneira. Isso não fará bem a ela”, orienta Daniela. Receba o que a pessoa diz sem julgamentos: ela não vai comprar a sua linha de raciocínio imediatamente. O processo é lento e complexo.
- Cuide também da sua qualidade de vida: atividade física, relacionamentos saudáveis e dormir bem são fundamentais para quem convive intimamente ou é cuidador de alguém que tem qualquer doença crônica, caso contrário o risco de adoecimento é grande (seja um transtorno mental ou algo clínico). Não se esqueça de tomar conta também de si mesmo.