Endometriose: saiba o que é e as consequências dessa doença
A endometriose recebe esse nome porque ela atinge o endométrio, que é a camada de tecido que reveste o interior do útero. Quando o endométrio surge fora do útero, onde ele deveria ficar, é quando se dá a endometriose.
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De acordo com a SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva), a doença atinge amplamente órgãos do sistema reprodutor feminino, como ovários, trompas e útero. Mas há casos de formação de células com características do endométrio em outras áreas do corpo, em órgãos próximos como bexiga, bem como locais mais raros como intestino, diafragma, e até mesmo pulmão.
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“menstruação retrógrada”
Apesar de ainda não se ter um consenso sobre o porquê do desenvolvimento dessa doença, há estudos que apontam como causa a falha no sistema imunológico, mas a tese mais reconhecida é a da chamada “menstruação retrógrada”: quando o endométrio se desprende das paredes uterinas, sendo não liberado por completo durante a menstruação, e sobe pelas trompas. Dessa forma, as células do endométrio de alojam em outras cavidades do organismo e acabam se reproduzindo, causando a endometriose.
Há também levantamentos que mostram a influência genética no desenvolvimento dessa condição de saúde, por isso é frequentemente considerado um fator de risco na avaliação médica para o diagnóstico.
Mais de 7 milhões de mulheres sofrem com a endometriose
Estima-se que mais de 170 milhões de mulheres no mundo sofrem com doença. No Brasil, esse número chega a 7 milhões, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Celebridades como Tatá Werneck, Wanessa Camargo e Giovanna Ewbank já declararam ter sofrido com a enfermidade. A endometriose atinge mulheres durante o período reprodutivo, podendo ser desenvolvida em qualquer momento entre a primeira menstruação e a menopausa.
Dor profunda na vagina ou na pelve durante relação sexual
Ainda de acordo com a SBE, a endometriose tem como principais sintomas: cólica menstrual intensa, que está presente em 90-95% dos casos; dor profunda na vagina ou na pelve durante relação sexual; dor pélvica contínua não relacionada à menstruação; obstipação intestinal ou diarréia no período menstrual; dor para evacuar; sangramento nas fezes; dor para urinar e sangramento na urina.
Infertilidade também é apontada como um dos sintomas, sendo associada à endometriose em 50% dos casos. Vale citar que há casos em que mulheres diagnosticadas com a doença não sentem dor, portanto somente exames para detectá-la.
Consequências da endometriose
Além das dores características da condição, mulheres que possuem a doença geralmente têm também dificuldades para engravidar. Isso porque a doença geralmente afeta partes do sistema reprodutor.
Há casos em que o tratamento para a endometriose chega a ser cirúrgico, mas geralmente mulheres realizam terapia hormonal e tomam remédios que visam amenizar ou até eliminar os sintomas.