Empresários reclamam de "armadilha" após serem levados por Bolsonaro ao STF
O encontro que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) proporcionou entre empresários e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (7), para discutir o fim do isolamento social foi considerado como uma “armadilha” por alguns dos empresários presentes.
A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, da Revista Época.
Durante a manhã, Bolsonaro fazia uma reunião com membros do Coalizão Indústria, grupo formado por alguns dos principais ramos industriais do Brasil. No meio dela, um de seus assessores telefonou para o Supremo e Toffoli concordou em receber o presidente e a comitiva de empresários.
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Na reunião no Supremo, Bolsonaro fez um apelo a Toffoli alertando sobre os riscos de um colapso na economia durante a crise do novo coronavírus. Entre as razões citadas pelo presidente estão novamente as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos. O ministro, por sua vez, cobrou da União maior coordenação com estados e municípios.
O encontro não estava marcado nas agendas nem de Bolsonaro nem de Dias Toffoli. O presidente estava acompanhado do ministro da Economia Paulo Guedes, na tarde desta quinta-feira (7), além do ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto. Ouvidos após o encontro, ministros do consideraram “inadequada” a iniciativa.
As manifestações diretas feitas pelos membros do grupo empresarial destacaram que a má situação da indústria brasileira que, segundo eles, estaria “na UTI” durante a pandemia. Mello Lopes pediu a Toffoli que a “roda” da Economia voltasse à rodar, caso contrário poderia haver a “morte de CPNJs”.
Confira abaixo a lista dos empresários presentes na reunião de Bolsonaro e Toffoli:
Marco Polo de Mello Lopes, presidente da Aço Brasil e coordenador da Coalização Indústria;
José Ricardo Roriz Coelho, da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico);
Fernando Valente Pimentel, da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção);
José Velloso Dias Cardoso, da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos);
Paulo Camilo Penna, presidente do Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento);
Reginaldo Arcuri, presidente da FarmaBrasil;
José Carlos Rodrigues Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção);
Humberto Barbato, presidente-executivo da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica);
José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil);
Elizabeth de Carvalhaes, da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa);
Synesio Batista da Costa, da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos);
Ciro Marino, da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química);
José Jorge do Nascimento Júnior, presidente-executivo da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos);
Haroldo Ferreira, da Abicalçados (Associação Brasileira da Indústria de Calçados); e
um representante da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
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