Elizabeth 2ª: conheça as valiosas joias que sua majestade colecionava
Resumo da Notícia:
Rainha Elizabeth II esteve há mais de 70 anos como monarca do Reino Unido, 16 países e a comunidade da commonwealth
A rainha ganhou joias imponentes desde quando era princesa e parte de sua coleção é exposta ao público
A monarca faleceu aos 96 anos
No trono do Reino Unido e outros 16 países há 70 anos, a rainha Elizabeth II foi dona de uma das coleções de joias mais invejáveis e icônicas do mundo. Muitas delas com centenas de anos e preços incalculáveis por conta de sua história, serão uma das maiores heranças físicas que ela deixará aos herdeiros.
A monarca faleceu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos. Em sua coleção pessoal e na real estão tiaras, colares, anéis, brincos, pulseiras e broches, que são as peças preferidas de Sua Realeza. Algumas das peças guardadas estão guardadas, e expostas, na Torre de Londres, e datam do reinado da rainha Vitória, que morreu em 1901.
Coroas e tiaras
Elizabeth II não teve muitas coroas porque elas só são usadas em ocasiões especiais, como a abertura anual do ano político no Parlamento da Inglaterra. A mais importante é a coroa imperial do estado, de 1937, e que foi herdada do Rei George VI, seu pai. Ela é adornada com 2.868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas e 269 pérolas, pesando 2,2 quilos. Por conta do peso, que é proposital, Sua Realeza não consegue abaixar a cabeça.
Quando não usada na cabeça, ela segue à frente da rainha até o trono real. A peça é a única que pode estar antes do monarca em eventos oficiais (com exceção dos velórios) porque ela representa a monarquia em si, o dever de servir ao povo.
O diadema de Estado foi criado para o rei George IV, que faleceu em 1830, e foi usado por diversos monarcas desde então. Feita de ouro e prata, ela é decorada por 1.333 diamantes, com pérolas naturais na base e um raríssimo diamante amarelo incrustado na cruz pátea frontal. A peça pode ser vista pelo público durante uma visita ao Palácio de Buckingham, na Galeria da Rainha.
Uma das joias mais versáteis, e preferidas da rainha, é uma ode ao que já foi o império russo. A tiara Vladmir, que já pertenceu à grã-duquesa de mesmo nome, data do reinado do último czar russo, Nicolau II, que foi assassinado com sua linhagem por ordem de Lenin em 1918.
Adornada com arcos de diamantes, ela foi vendida para a rainha Mary de Teck, avó de Elizabeth II, e pode ter remodelada. Ela é normalmente usada com um conjunto de pérolas em formato de gota ou com o conjunto de esmeraldas de Cambridge, que foi adquiridas pela duquesa Augusta de Cambridge no século XIX. As pedras deram origem a um conjunto com colar, brincos, broche e pulseira.
A Queen Mary’s Girls of Great Britain and Ireland Tiara foi um presente à rainha Mary originalmente feita com pérolas na ponta dos pináculos de diamantes, mas elas foram retiradas e deram espaço a diamantes no início do reinado de Elizabeth II. Ela foi usado pela última vez por Kate Middleton, duquesa de Cambridge.
Por falar na duquesa, ela também já usou uma outra joia da rainha. Além dela, a princesa Diana também foi fotografada com a tiara Lover’s Knot. Encomendada pela rainha Mary em 1913, ela é incrustada com diamantes e pérolas naturais pendentes, em formato de gota, em uma armação de ouro. Herdada por Elizabeth II da avó, seu usufruto foi dado à Diana quando viva e hoje pertence à Kate Middleton.
Colares
Na coleção pessoal de Elizabeth II constam joias que foram presentes do povo brasileiro. Em 1953, para sua coroação, o então presidente Getúlio Vargas enviou à monarca um colar e brincos com águas-marinhas de diferentes tamanhos que levaram cerca de um ano para serem coletadas.
Ela ficou tão feliz com as gemas que encomendou de uma das joalherias da nova tiara, que foi completada com diamantes, para combinar com o presente. Mas em 1968, durante sua única vinda ao Brasil, o governador de São Paulo, Roberto Abreu Sodré, entregou uma nova leva de pedras de presente para Sua Realeza e em 1971 ela decidiu alterar a tiara e o colar com as novas gemas.
Outro colar estonteante de Elizabeth II foi um presente do então Sheikh Rashid, de Dubai, dado em 1979. Confeccionado pela joalheria de alto luxo Asprey’s, de Londres, a peça é composta de diamantes e grandes safiras encrustadas em outro. Ela teria se espantado com a beleza da peça a primeira vez que viu.
Fã de pérolas, um dos colares mais icônicos da rainha tem quatro voltas e é feito com pérolas japonesas, que são consideradas as mais puras e valiosas do mundo. Elas são unidas por um poderoso pendente com diamantes no centro.
No seu casamento, há 75 anos, ela recebeu um colar repleto de diamantes dos mais diferentes quilates assinado pela joalheria Cartier. O presente foi dado pelo Nazim da cidade indiana de Hyderabad. A joia foi vista pela última vez em 2014 quando a monarca a emprestou para Kate Middleton em um evento oficial. A duquesa já usou também uma tiara da mesma joalheria que já pertenceu à rainha mãe.
Queremos fechar esta sessão com um dos mais icônicos, exclusivos e inestimáveis colares na história da joalheria mundial. O colar Dagmar da rainha Alexandra foi um presente do rei Frederik VII da Dinamarca para a princesa Alexandra da Dinamarca em 1863, quando se casou com o príncipe de Gales (o futuro rei Eduardo VII).
Com uma estrutura complexa, várias guirlandas conectam medalhões com 118 pérolas e 2.000 diamantes em ouro, sem contar as várias pedras preciosas. Eles ainda contam com os dois maiores pingentes de pérolas já vistos desde 1851.
A estrutura, pouquíssimo usada pela rainha Elizabeth II, também conta com uma réplica da Cruz Dagmar. O item foi encontrado em 1960 quando o túmulo da Rainha Dagmar da Dinamarca (1189-1213) foi aberto. Bizantina, é considerada uma relíquia que data de cerca de 1000 dC. A peça conta com uma lasca de madeira do que se diz ser da Verdadeira Cruz dentro do pingente.
Da rainha Alexandra ele foi passado para a rainha Mary, depois para a rainha mãe Elizabeth, e assim para a rainha Elizabeth II em 1952. Ela o usou em várias ocasiões na década de 1950 e início da década de 1960, e foi desmontado e transformado em brincos e a cruz removida. Hoje Kate Middleton tem o usufruto da peça, que está em uma versão mais simples.
Broches
Broches são joias mais usadas por Elizabeth II. Os diamantes Cullimam III e Cullimam IV costumam ser os que mais impressionam os admiradores. Pesando juntos 158 quilates, os maiores já minerados na Venezuela, eles eram os favoritos da rainha Mary e foram deixados como herança para Elizabeth II. No Reino Unido eles são chamados de Granny’s Chips.
Um dos preferidos e mais famosos de Sua Realeza, o broche Williamson em forma de rosa conta com uma das gemas mais raras do mundo, o diamante rosa que o canadense JT Williamson encontrou na Tanzânia. A joia foi dada quando ela ainda era princesa, antes de seu casamento com o príncipe Philip.
Em formato de um grande laço, este broche foi um presente herdado da coleção pessoal da rainha Mary, que morreu em 1953. Sua Majestade já usou em viagens oficias, como a para a Finlândia em 1976 e durante o casamento do príncipe William com Kate Middleton, em 2011.
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