Egito anuncia descoberta de 'cidade romana inteira' em Luxor

O Egito anunciou, nesta terça-feira (24), a descoberta de restos de uma "cidade romana inteira" em Luxor (sul) que data dos primeiros séculos da Era Cristã.

Segundo o Ministério de Antiguidades, se trata de "uma cidade residencial inteira" dos séculos II e III, descoberta "às margens do (rio) Nilo, próxima ao templo de Luxor", cerca de 500 quilÎmetros ao sul do Cairo.

Na chamada "extensĂŁo de Tebas", antiga capital do Egito Antigo, foram descobertas "oficinas metalĂșrgicas" com diversos utensĂ­lios e "moedas romanas de cobre e bronze", disse Mostafa Waziri, secretĂĄrio-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, acrescentando que as escavaçÔes continuam.

Em 2021, uma missĂŁo arqueolĂłgica descobriu a "maior cidade antiga do Egito" com mais de 3 mil anos, na margem oeste de Luxor, onde fica o conhecido Vale dos Reis.

Nos Ășltimos meses, o paĂ­s africano revelou ao mundo uma sĂ©rie de descobertas importantes, principalmente na necrĂłpole de Saqqara, ao sul do Cairo.

Em janeiro, o Egito tambĂ©m anunciou que uma tumba havia sido encontrada em Luxor, provavelmente pertencente a uma esposa real da 18ÂȘ Dinastia, a de Akhenaton e TutancĂąmon, datada de 3.500 anos. No entanto, para alguns especialistas, essa afirmação tem mais carĂĄter polĂ­tico e econĂŽmico do que cientĂ­fico.

O paĂ­s, que tem 104 milhĂ”es de habitantes, vive grave crise econĂŽmica, sobretudo apĂłs a pandemia de covid-19, e aposta em anĂșncios como estes para reativar o turismo.

O Governo quer atrair 30 milhÔes de visitantes por ano até 2028, em comparação aos 13 milhÔes que viajavam para o país antes da pandemia.

O turismo no Egito, que emprega dois milhÔes de pessoas e é responsåvel por mais de 10% do Produto Interno Bruto nacional, segue em queda desde a Primavera Árabe, em 2011.

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