Cristiana Oliveira sobre Juma, de 'Pantanal': "Era feminista sem saber"

·3 min de leitura

Cristiana Oliveira estĂĄ empolgada para assistir o remake de ‘Pantanal’ na Globo em 2021. A novela de Benedito Ruy Barbosa foi exibida originalmente na extinta Rede Manchete hĂĄ 20 anos. A intĂ©rprete de Juma MarruĂĄ diz que o autor e o centro-oeste merecem a homenagem, e reflete sobre a personalidade forte da mulher-onça em entrevista ao Yahoo.

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A atriz relembra cenas marcantes e declara que a personagem icĂŽnica era feminista. “Naquela geração, o machismo muito forte. E Juma era independente. Era guerreira, bicho do mato, nĂŁo deixava ninguĂ©m mexer com ela”, afirma.

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“Quando um coureiro ataca Juma para estuprá-la [personagem interpretado por Jece Valadão], ela arranca a orelha do cara. Uma cena memorável. Tudo bem que ela era um bicho, mas a Juma era feminista sem saber”, completa.

Cristiana Oliveira como Juma MarruĂĄ em 'Pantanal' (Foto: Rede Manchete)
Cristiana Oliveira como Juma MarruĂĄ em 'Pantanal' (Foto: Rede Manchete)

Ela tambĂ©m cita os conselhos que Juma recebia da mĂŁe, Maria MarruĂĄ (CĂĄssia Kis), como “provas” de que o feminismo estava presente na histĂłria. “A mĂŁe dela dizia: ‘nĂŁo acredite em homens’, ‘vocĂȘ tem que saber se defender’... Ao mesmo tempo em que ela era ingĂȘnua, estava descobrindo o amor, aprendendo a escrever, tambĂ©m caçava sozinha e era forte”, diz Cristiana.

A artista conta que nĂŁo consegue se enxergar na protagonista quando revĂȘ trechos de ‘Pantanal’. “As pessoas me dizem que eu incorporei a Juma. E Ă s vezes tenho a sensação de que ela entrou em mim de uma forma irracional, uma coisa simbiĂłtica mesmo. É como se ela tivesse existido de verdade”, reflete.

Queimadas no Pantanal

Oliveira chama atenção para a questĂŁo ambiental e acredita que a emissora carioca tem a intenção de conscientizar o pĂșblico sobre a preservação por trĂĄs da nova versĂŁo da novela.

“Acho que o remake Ă© providencial. Com certeza a Globo pensou nisso. NĂŁo tem como desprezar o que estĂĄ acontecendo, Ă© muito triste. A televisĂŁo Ă© um veĂ­culo de massa e a novela tem uma abordagem social. Esse Ă© um momento de emergĂȘncia, de tomar atitudes. O homem precisa ter consciĂȘncia do que provoca na natureza e ter responsabilidade. Temos que nos preocupar com o que estamos fazendo com o mundo”, dispara.

Lembranças do centro-oeste

A intĂ©rprete da mulher-onça revela que, ironicamente, nunca viu uma onça durante as gravaçÔes de ‘Pantanal’. Cristiana diz que os atores se abrigavam longe dos bichos. “A novela se passava numa fazenda com mais flora do que fauna. Nunca vi um animal selvagem porque depois das 18 horas a gente saĂ­a da fazenda e ficava meio preso. O mĂĄximo que vi foi um jacarĂ© e uma sucuri morta”, conta. “SĂł fui ver uma onça no Pantanal anos depois no programa ‘Estrelas’. Foi emocionante”, completa.

Ela ainda relata um pequeno incidente que aconteceu durante as gravaçÔes na era prĂ©-redes sociais. “A comunicação nĂŁo existia, falĂĄvamos por rĂĄdio amador e o Pantanal inteiro escutava. A gente esquecia que tinham outras pessoas ouvindo, falĂĄvamos coisas que nĂŁo deverĂ­amos e acabavam na imprensa. Tive um estresse com o meu ex-marido na Ă©poca e, na semana seguinte, saiu na ‘Veja’”, brinca.

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