Como Sobreviver ao Carnaval: pochete, golpe do cartão e dicas de segurança

Foliões curtem o Carnaval no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)
Foliões curtem o Carnaval no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)

Por Lucas Baranyi (@_baranyi)

Se o furto fosse uma partida de futebol, o Carnaval seria a Copa do Mundo – com o adicional de ainda existir o pré-Carnaval (uma espécie de Eliminatórias da Copa) e o pós-Carnaval (aquela pelada com os amigos quando o torneio já chegou ao fim).

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A cidade de São Paulo, no ano de 2017, teve uma média de 382 furtos de celulares em finais de semana comum e 1.424 nos sábados e domingos de folia.

Ficou preocupado? Calma. Há maneiras eficazes de se proteger de trombadinhas e pessoas má intencionadas sem precisar deixar a folia de lado. Aperte os cintos, confira o zíper da pochete e embarque conosco em mais uma rodada do Guia de Sobrevivência do Carnaval.

O bê-a-bá do furto

Esbarrões e empurrões representam as táticas mais conhecidas de furto de carteiras e celulares. Aproveitadores tiram vantagem da aglomeração tão costumeira em blocos de carnaval que emulam uma atitude comum (alguém tropeçando ou passando por entre filas e mais filas de pessoa) para deixarem a mão mais leve do que o comum e tomarem pertences de quem está na festa para curtir. Atente-se para este tipo de acontecimento e, sempre que alguém esbarrar em você, confira se todos seus pertences estão em sua posse.

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Pochete e doleira: as melhores amigas do folião

Aproveitar o carnaval sem grandes dores de cabeça está quase que intrinsicamente ligado a sair de casa portando uma pochete ou doleira. Além de serem acessórios práticos, trazem uma segurança a mais para quem deseja curtir os blocos e voltar para casa com os mesmos pertences que começou o dia.

A pochete é indicada para quem pretende sair mais “equipado” de casa: dependendo do modelo, é possível guardar um pequeno frasco de protetor solar, potinho de glitter, documento, celular e o que mais quiser (e couber).

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A post shared by Cordão Confraria do Pasmado (@confrariadopasmado) on Feb 25, 2019 at 6:11am PST

Já a doleira é tipicamente mais fina e é vestida por baixo das roupas; apesar de perder em tamanho, a prima slim é mais eficaz e praticamente impossibilita que algo seja furtado dela (a não ser que você esqueça de guarda-la e ela fique pendurada em sua cintura como, bem, uma pochete).

Os facilitadores

O carnaval é uma festa de diversão, risadas, música, dança e álcool. A mistura é dose certa para desatenção e reflexos menos ágeis – o que significa que, se você está com medo de ser furtado durante o feriado, vale a pena pegar um pouco mais leve na cerveja (ou na catuaba, ou no seu drink duvidoso favorito).

Menos é mais

Deixe a ostentação para a sua fantasia – seja nas cores ou na criatividade. Para correr menos riscos, vale a pena deixar itens caros (brincos, cordões e pulseiras de ouro e prata, relógios chamativos e outros itens de luxo) em casa. Você pode substituir um relógio gigantesco, por exemplo, por uma pulseira brilhante – ou simplesmente glitter. Muito glitter… Glitter até você ficar parecendo uma estrela cadente.

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Planejamento é tudo

Se você não se sente tranquilo com aglomerações, procure espaços que lhe deem mais conforto, como carnavais alternativos, com blocos mais “família” ou ruas mais tranquilas. Informe-se sobre os blocos com antecedência, examine sua condição emocional e psicológica para evitar grandes problemas – e não fomentar violência, brigas.

Se você vai ser aquela pessoa que reclama de tudo, fique em casa. Funciona para todo mundo.

Olha o golpe!

Que tal fazer aquela visitinha à agência bancária mais próxima e passar o carnaval com aquele item antiquado e quase inexistente nos dias de hoje chamado “dinheiro vivo”? O motivo é simples: um dos golpes mais relatados durante o Carnaval tem envolvido cartões de débito e crédito. A clonagem, já famosa, deu lugar para a troca de cartões – quando a vítima recebe, depois de uma transação, um cartão com a mesma bandeira e cor que lhe pertence, mas que não é o seu.

Saia do celular e vá pular o bloco

Você preparou um look todo especial e quer que a internet inteira veja como você é a pessoa mais diferentona do bloco? Se quiser diminuir a chance de voltar para a casa ressabiado (e precisando gastar um valor que não tem para comprar um celular novo), pode valer a pena caprichar nas fotos e selfies antes de sair de casa. Se fizer questão de registrar os grandes momentos da festa, vale a pena levar um modelo um pouco mais antigo – e que não vá trazer grandes tristezas se for furtado.

Seu sonho é ser influencer e o Carnaval é sua hora de brilhar? Então manda ver, mas evite deixar o aparelho em bolsos e bolsas: lembre-se da doleira e pochete.

Autentica, meu amor, autentica

Sabe o que é melhor do que sair de casa com um documento com foto? Sair de casa com uma cópia autenticada deste documento. Acredite: o trabalho que você terá indo autenticar o documento no cartório é muito menor do que toda a peregrinação para tirar uma segunda via em caso de furto – e ele tem a mesma efetividade do documento original.

O kit

Quer ‘portar um kit’ caprichado para o carnaval? Então considere estes itens essenciais para a folia – e que cabem em uma doleira ou uma pochete de tamanho médio:

  • Carteirinha do plano de saúde, se tiver.

  • Cópia de documento autenticado com foto.

  • Celular (um modelo mais antigo, de preferência).

  • Dinheiro trocado em notas de baixo valor.

  • Camisinha (porque nunca se sabe, né?).

Fontes utilizadas para a matérias:

Denice Santiago, Major da Polícia Militar da Bahia; Raquel Kobashi Gallinati, delegada e Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

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