Por que o testamento do Príncipe Philip será mantido em sigilo
Após o falecimento do Príncipe Philip em abril, aos 99 anos, muitos fãs da realeza se perguntaram o que aconteceria com os pertences do marido da Rainha. No entanto, aparentemente a dúvida ficará no ar, já que essa informação será mantida em sigilo pelos próximos 90 anos.
O objetivo é preservar a "dignidade e posição" da Rainha, além de outras pessoas, como o Príncipe Charles e o Príncipe William.
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O testamento permanecerá selado contra a inspeção pública por pelo menos 90 anos. Passado esse período, haverá um processo privado para decidir se ele deve ou não se tornar público.
O responsável por essa decisão foi Sir Andrew McFarlane, presidente da Divisão da Família da Suprema Corte.
Em uma audiência sobre a privacidade do testamento, ele ouviu os argumentos tanto dos advogados que representavam o patrimônio do Príncipe quanto do procurador-geral e optou pelo sigilo.
Quanto à decisão, Sir Andrew comentou: "Considerei que, devido à posição constitucional da Soberana, a adoção de uma prática especial em relação aos testamentos reais é apropriada".
"É necessário reforçar a proteção conferida aos aspectos verdadeiramente privados da vida desse grupo limitado de indivíduos, a fim de manter a dignidade da Soberana e dos membros próximos da família".
"Aceitei a alegação de que, embora possa haver curiosidade pública quanto às disposições privadas que um membro da Família Real adota no próprio testamento, não há um verdadeiro interesse público no conhecimento dessas informações totalmente privadas", acrescentou.
Sir Andrew também declarou que não viu o conteúdo do testamento, exceto a data de execução e a identidade do executor.
Por mais de um século, os tribunais selam os testamentos de membros falecidos da realeza, ou seja, a prática não é nenhuma novidade.
Sir Andrew também é o guardião de um cofre com mais de 30 testamentos selados de membros da realeza que já faleceram.
Ele comentou que, passados 90 anos, os testamentos são abertos pelo advogado particular do monarca, o guardião dos Arquivos Reais, o procurador-geral e todos os representantes pessoais do membro da realeza que ainda estejam vivos.
Porém, isso não significa que eles necessariamente virão a público, pois os representantes ainda podem decidir manter o sigilo.
O testamento da Princesa Diana foi um dos poucos publicados após a trágica morte dela em 1997.
Foi revelado que ela deixou grande parte da fortuna em um fundo para o Príncipe William e o Príncipe Harry.
No início deste ano, Harry comentou que a herança foi o que possibilitou a mudança dele com a família para os Estados Unidos, depois de ter sido "cortado financeiramente" pela Família Real.
"Eu tenho o que minha mãe deixou para mim [de herança] e, sem isso, não teríamos a possibilidade de fazer o que fizemos", disse Harry a Oprah Winfrey na primeira entrevista após abandonar a realeza.
Diana deixou para os filhos cerca de US$ 12 milhões, que eles puderam acessar ao completar 30 anos.