Cate Blanchett pensou em se aposentar da atuação após seu último papel.

A atriz, de 53 anos, está sendo cotada para ganhar outro Oscar por sua interpretação da compositora obsessiva em 'Tár', mas disse que o trabalho foi tão desgastante fisicamente e emocionalmente que pensou em desistir da carreira.

Ela disse ao programa australiano 'The Sunday Project': “Acho que foi porque era um papel tão físico, os ecos dele ainda estão comigo e acho que eu, como muitos membros da plateia, precisei de tempo para processá-lo."

“Obviamente, tenho a sorte de trabalhar com alguns diretores incríveis que mudaram minha vida, mas quando tudo se junta assim, fica com você”, continuou.

Cate então riu: “Então eu não quero trabalhar nunca mais.”

A atriz, que tem três filhos e uma filha com seu marido, o roteirista Andrew Upton, 56, acrescentou que seu trabalho em todo o mundo a deixou com saudades de sua família e ela sonha em voltar para sua terra natal, a Austrália, para poder fazer jardinagem e ficar perto da água.

Ela acrescentou: “Sou muito obcecada, como a maioria dos australianos, obcecada por água. Eu quero estar perto da água, na água. Eu adoraria aprender a ser paciente, ficar quieta e pensar. Minha avó era uma jardineira maravilhosa e minha mãe também é uma excelente jardineira e mora conosco, e eu realmente quero passar um tempo no jardim com minha mãe.”

Cate pode emplacar seu segundo Oscar de Melhor Atriz por seu papel em 'Tár', depois de ganhar o prêmio pela primeira vez por sua performance em 'Blue Jasmine', de 2013, como uma socialite neurótica sem sorte.

Sua personagem Lydia Tár se tornou a primeira regente feminina de uma orquestra alemã e a líder da orquestra, Natalie Murray Beale, que treinou Cate para o papel, disse que ela ficou tão habilidosa que agora pode reger na vida real.