Aos 39 anos, Bruno Gagliasso é símbolo de ativismo político e antirracista
Resumo da notícia
Bruno Gagliasso faz aniversário nesta terça-feira (13)
O ator e empresário completa 39 anos como símbolo do ativismo político e antirracista nas redes sociais
Relembre declarações e polêmicas recentes do artista
Bruno Gagliasso é o aniversariante desta terça-feira (13). O ator chega aos "quase 40" com reconhecimento que vai além dos trabalhos na televisão e no cinema. Hoje, Gagliasso também é símbolo do ativismo político e antirracista. Em tempos tão difíceis, o artista é um dos poucos que ignoram a ameaça do "cancelamento" nas redes sociais e chamam atenção para as questões mais relevantes do nosso país.
O ex-global tem pensamentos progressistas e critica o governo federal com frequência, o que lhe rendeu o título de "comunista". Ele solta o verbo sem medo, tanto que já discutiu com o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS-RJ). Abaixo, você relembra as declarações e polêmicas de Bruno Gagliasso:
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Governo "assassino"
O ator se mobilizou para ajudar Manaus (AM) na crise da falta de oxigênio em janeiro deste ano. Além de organizar doações para a cidade, Gagliasso fez questão de atacar o governo federal pelo descaso na gestão da pandemia. Na época, ele expôs declarações de políticos negacionistas para que "essa gente não seja esquecida".
"Assassinos! (...) Disseram que a mamata ia acabar... Realmente acabou. Uma da manhã e a gente aqui correndo atrás de cilindro de oxigênio e avião.
Lista de "comunistas" atualizada
Gagliasso entrou para lista de "comunistas" que circula na internet depois de elogiar o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele defende que o Brasil viveu "fase mais feliz" durante o mandato do petista.
Com todo o respeito, a pessoa tem que ter vivido em Nárnia para dizer que o governo do Lula não foi bom. Até o Paulo Guedes [atual ministro da Economia] admite.
O marido de Giovanna Ewbank entrou na zoeira e deu risada por ter ganhado título de "comunista". "E o tanto de gente que me adicionou na lista de 'comunistas' só hoje?", brincou.
Gagliasso x Collor
O artista criticou a aproximação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) com o ex-presidente que sofreu impeachment em 1992. "Chega a ser uma piada esse presidente que representaria tudo de 'novo' trazer para ser seu conselheiro econômico um sujeito que fez tantas famílias sofrerem com sua política econômica", reclamou em rede social. "BolsoCollor é um escárnio", disparou.
Ativo nas redes sociais, o político rebateu o ator da Netflix. "Sujeito, pare de espernear e querer lacrar. Aproveite o tempo vago e vá fazer algo de útil pelo Brasil. Se não conseguir, vá para Noronha e pare de encher o saco."
Bruno não deixou o desaforo de Collor passar batido e levantou a voz mais uma vez.
Tá querendo palco, irmão? Eu não ganho dinheiro do povo para ficar ofendendo os brasileiros no Twitter. Eu sou um brasileiro pagador de impostos e você é meu funcionário. Vá trabalhar e me respeite.
"Racismo reverso é lenda urbana"
Pai de duas crianças negras, Bruno é voz ativa da luta antirracista. Ele usa as redes sociais para combater o preconceito e, frequentemente, comenta a falácia do "racismo reverso", conceito que coloca o branco no lugar de oprimido nas relações raciais.
Quando uma rede de lojas anunciou oportunidades de emprego exclusivamente para pessoas pretas, o ator explicou por que a ideia do "preconceito às avessas" é falsa.
Eu sei que todo mundo passa por dificuldades mas, muitas vezes, essa dificuldade é ainda maior por conta da cor da pele.
Acesso à educação e ao primeiro emprego para pessoas pretas não é "racismo reverso". Até porque isso sequer existe. É a compreensão de que algo precisa ser feito para a base da pirâmide avançar e assim possamos, efetivamente juntos, construir uma sociedade mais justa e solidária.
Lembre-se sempre, meu irmão branco: o "racismo reverso" é uma lenda urbana. Mas o racismo estrutural é real e muitas vezes tiramos proveito disso sem nem perceber. E é nosso dever acabar com esse ciclo. Não podemos mais adiar!