Auxílio emergencial não compensa perda de renda de 43% dos beneficiários
Nova rodada do auxílio emergencial pagará valores de R$ 150, R$ 250 e R$ 350
Os 20 milhões que receberão o valor mínimo não conseguirão recompor a renda perdida
O número de beneficiários que terão parcelas de R$ 150 corresponde a 43% do total
A nova rodada do auxílio emergencial não dará conta de recompor a renda perdida de 43% dos beneficiários do programa, os 20 milhões que receberão o valor mínimo: R$ 150. É o que diz uma pesquisa do (Cemif) Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado na Agência Bori. As informações são do UOL.
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Dessa parcela, os poucos beneficiários que têm ganhos vêm das regiões norte e nordeste, "ressaltando o fato que os efeitos do AE (auxílio emergencial) são assimétricos e refletem a desigualdade regional do país", segundo os pesquisadores.
Com o benefício intermediário, de R$ 250, a maioria dos estados têm as perdas de renda compensadas. Já com o valor máximo de pagamento, de R$ 375, os ganhos para os estados são garantidos.
O levantamento levou em conta as projeções de que 20 milhões que compõem uma família com uma só pessoa receberão parcelas de R$ 150 e de 16,7 milhões de famílias com duas ou mais pessoas terão direito ao benefício de R$ 250. As 9,3 milhões de mulheres provedoras da família e terão benefícios de R$ 375 também foram incluídas.
Mulheres em desvantagem
Quando o recorte é feito por gênero, enquanto mulheres que recebem o auxílio de R$ 150 têm uma perda de renda de 4% mesmo com benefício, homens que ganham o mesmo valor perdem 2%.
Já quanto o auxílio emergencial é o de R$ 250, os ganhos são de 10% para homens e de 9% para mulheres. Ou seja, mulheres perdem mais com a falta do benefício.
Auxílio reduzido
A nova rodada do auxílio emergencial teve valor reduzido de R$ 293 bilhões no ano passado para R$ 43 bilhões em 2021. Antes, eram 68 milhões de pessoas beneficiadas, agora 45,6 milhões.
Apesar do valor mais baixo, os idealizadores da pesquisa apontam que o benefício tem ainda um efeito geral positivo, quando é feita uma comparação ao que se ganhava antes da pandemia. As perdas seriam de 20% para homens e 29% para mulheres caso não houvesse o auxílio. O valor pago agora agrega em 17% e 19%, respectivamente.