Ator revela que sofreu racismo ao ser anunciado no derivado de "Game of Thrones"

Steve Toussaint no papel de Lord Corlys Velaryon em
Steve Toussaint no papel de Lord Corlys Velaryon em "A Casa do Dragão", derivado de "Game of Thrones". (Foto: Divulgação/HBO Max)

O ator Steve Toussaint revelou que sofreu ataques racistas apĂłs ser escalado para “A Casa do DragĂŁo”, nova sĂ©rie prelĂșdio de “Game of Thrones” para a HBO Max. Segundo o artista, muitos fĂŁs da sĂ©rie nĂŁo ficaram contentes ao descobrir que um ator negro interpretaria um personagem descrito como branco nos livros de George R. R. Martin.

"Eu nĂŁo percebi que [a contratação] era uma grande coisa atĂ© que fui abusado racialmente nas mĂ­dias sociais", contou em entrevista ao site “The Hollywood Reporter”. "Sim, essa merd* aconteceu. Eu fiquei tipo, 'Oh uau', e entĂŁo pensei: 'Ok, entĂŁo isso significa muito para algumas pessoas, mas nĂŁo posso permitir que isso me incomode'."

A nova série apresentarå o integrante mais famoso da Casa Velaryon serå Corlys (Toussaint), mais conhecido como "A Serpente do Mar". O personagem é descrito como um explorador, o mais råpido a realizar viagens pelo oceano e conhecido por trazer mais riquezas de suas expediçÔes. Velaryon é marido da princesa Rhaenys Targaryen e, durante a Dança dos DragÔes, se tornou Mão da Rainha Rhaenyra Targaryen.

"Adorei Game of Thrones, mas minha Ășnica ressalva foi: 'onde estĂĄ todo mundo neste mundo?', porque Ă© um mundo diverso que Martin criou se vocĂȘ olhar [alĂ©m de Westeros], e acho que esse programa se aproxima disso”, acrescentou.

Em recente entrevista à "Entertainment Weekly", Ryan Condal e Miguel Sapochnik, showrunners de "A Casa do Dragão", garantiram que vão reparar a falta de diversidade no elenco de "Game of Thrones" na nova série.

Eles começaram essa mudança decidindo escalar apenas atores e atrizes pretos para interpretar os membros da Casa Velaryon. "Era muito importante para mim e para o Miguel que criåssemos uma série que não fosse mais um monte de gente branca na tela. Nós queríamos encontrar uma maneira de inserir diversidade na trama, mas não de uma forma que parecesse forçada, ou pior, apenas como tokens", afirmou Condal. "Assim que tivemos a ideia, pareceu que tudo se encaixou".