Até quantos dias é normal a menstruação atrasar?

Não é tão incomum conhecer pelo menos uma amiga que já ficou com a menstruação atrasada e achou que estava grávida. A mudança na data do fluxo menstrual pode ocorrer por diversos fatores: estresse, desregulação hormonal e gravidez.

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Geralmente, o ciclo menstrual regular dura em torno de 28 dias e pode variar para mais ou menos. E é nele que a mulher precisa ficar atenta caso não use nenhum método contraceptivo e não queira engravidar fora de hora. O período fértil ocorre no 14º dia, mas também pode atingir seu pico três dias antes ou depois. Outro sinal que denota que a mulher está mais fértil é o muco com textura gelatinosa e com a cor de clara de ovo que sai da vagina - conhecido como período da ovulação.

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E será que há motivos para se preocupar caso a menstruação não ocorra durante o intervalo entre os ciclos? A resposta é depende. Se você não usa nenhum método de contracepção e tem um ciclo regular, o atraso de dois a três dias pode ser suficiente para ficar alerta e fazer um teste de gravidez - caso tenha relações sexuais sem proteção.

“Para quem tem um ciclo irregular e também não faz uso de algum contraceptivo pode levar em consideração até sete dias no atraso da menstruação para realizar um teste de laboratório ou farmácia”, afirma Rita Géssia Patriani Rodrigues, ginecologista e uroginecologista com especialização em saúde da mulher pela Unifesp.

Waldemar Carvalho, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, ressalta que o ciclo menstrual pode ser muito vulnerável e mudar durante os meses. “Ele pode atrasar mesmo sem a pessoa ter alguma doença ou gravidez. Existem casos de estresse crônico que a menstruação não acontece e quando a mulher relaxa o fluxo vem”, diz.

Dá para engravidar mesmo com anticoncepcional?

Vale lembrar que nenhum método de contracepção é 100% seguro e pode ocorrer falhas, principalmente se não é usado de forma correta ou mal colocado. Por isso é muito importante consultar o ginecologista sempre ao experimentar algum anticoncepcional.

Existem diversos no mercado e eles podem ser divididos em: comportamentais, de barreira e hormonais.

Comportamentais

São aqueles que estão sujeitos ao erro, não tem nenhum tipo de hormônio e dependem da pessoa para dar certo. É o caso da tabelinha, na qual a mulher calcula o seu dia fértil e evita o sexo naquela data. No entanto, podem ocorrer variações hormonais e na ovulação, aumentando o risco de gravidez.

O coito interrompido também está nessa classificação, já que o homem retira o pênis antes de ejacular durante o ato sexual. Porém, o líquido que sai da região genital antes da ejaculação pode conter espermas e também provocar uma gestação.

Barreira

Livre de hormônios, a camisinha pode ser considerada um método de barreira, mesmo tendo eficácia comprovada. Isso porque, o preservativo pode estourar ou ficar preso na vagina da mulher, liberando sêmen.

DIU de cobre

O dispositivo de cobre provoca uma inflamação no útero e altera a função do espermatozoide. É totalmente livre de hormônios e dura, em média, 10 anos.

Hormonais

Pílula

É um dos métodos mais utilizados no Brasil. Deve ser tomado todos os dias no mesmo horário e, caso a mulher não deseje menstruar, pode evitar a pausa de sete dias. Vale lembrar que antibióticos podem diminuir a eficácia do medicamento.

DIU Mirena

É um implante uterino, com progesterona e que faz uma barreira física no útero. A absorção é local e deve ser retirado após um período de cinco anos.

Existem outros tipos de DIU também - como prata, cobre - que não possuem hormônio.

Implante subdérmico

É colocado de forma intradérmica no braço e libera progesterona na corrente sanguínea. É aconselhado para quem não deseja engravidar pelos próximos três anos.

Adesivo

O contraceptivo é colocado em contato com a pele, liberando hormônios. Deve ser usado um por semana.

Anel vaginal

O anticoncepcional libera hormônios durante três semanas e depois a mulher precisa retirá-lo para menstruar e realizar uma pausa de sete dias para colocá-lo novamente.

Injeção

Podem ser mensais ou trimestrais. A medicação é feita de maneira intramuscular e vai direto para a corrente sanguínea, inibindo a ovulação.

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