Apocalypsing: quando o apocalipse atinge o mundo dos relacionamentos
Considerando o estado do Brasil e do mundo, é fácil a palavra "apocalipse" vir à mente. E quando se fala em relacionamentos? Bem, a tendência parece ser a mesma: conheça o "apocalypsing", a trend de 2021 para o mundo do flerte e do namoro.
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O site de relacionamentos norte-americano Plenty of Fish foi quem colocou o termo na boca do povo no finalzinho de 2020. De forma simples, ele define a ideia de tratar o seu próximo relacionamento como se fosse o último. Qualquer coincidência com a pandemia de coronavírus e as mudanças que ela tem causado não é mera coincidência.
Pense na complicação que é ter um encontro quando usar máscara e álcool-gel virou rotina e o receio de pegar uma doença ainda sem cura (pelo menos, nos lados de cá) domina a mente de muita gente. Um date não é só mais um date, é um evento. É preciso preparação, cuidados máximos… até uma conversa franca com familiares ou amigos próximos, se eles dividem o teto com você (e se você, claro, é do time dos honestos, que considera o contexto e a segurança das pessoas com quem convive).
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Fora que ir até o motel ou à casa do crush não parece tão seguro assim em termos sanitários, ainda mais se o papo for meia-boca. Melhor então emendar um fim de semana em algum lugar isolado, possivelmente no meio mato, sem internet e com uma paisagem daquelas de filmes. Se o beijo deu certo, se o sexo foi gostoso… pronto, está instaurado o apocalypsing.
Não entenda mal, não é que seja impossível encontrar o amor verdadeiro em tempos de pandemia. Porém, depois de meses e meses de isolamento, de incertezas e de inseguranças, é compreensível que um flertizinho que deu certo vire o seu próximo grande namoro, possivelmente com finais de semana passados em conjunto e uma viagem para alguma praia paradisíaca (e isolada) a ser aproveitada a dois nos momentos de folga do home office.
Ah, o amor contemporâneo.
Ao mesmo tempo, será que essa visão é, de fato, interessante? Por mais que seja uma ótima ideia tratar todos os novos relacionamentos com empolgação e o desejo por conhecer melhor o outro (além da boa e velha satisfação sexual, claro!) há de se pensar que os meses de quarentena talvez baixaram um pouco o sarrafo dos relacionamentos, e o medo da solidão somado ao tesão acumulado esteja movendo esse desejo por uma relação que dê certo de forma tão desesperada.
Pois bem, como evitar cair nas armadilhas de um apocalypsing? Para começo de conversa, existe o básico, que é autoconhecimento. Mais do que a prática da masturbação (que é, sim, autoconhecimento também), é importante entender o que você de fato busca e o que é importante para você. Isso garante que você tenha um pouco mais de discernimento antes de se jogar completamente em uma relação.
Falando nisso, também é essencial procurar outras fontes de afeto. Por mais que uma relação a dois possa ser maravilhosa, não é a única fonte de carinho que temos por perto. Amigos, familiares, até mesmo bichinhos de estimação… enfim, existem muitas maneiras de uma pessoa se sentir feliz e completa, acarinhada. Cultive também essas relações, converse com seus amigos, reconecte-se com a sua família, lembre-se que ter uma rede de apoio presente é tão importante (talvez até mais) do que um relacionamento amoroso.
Aproveite também para ser realista sobre a situação que você está vivendo. O fato de uma pandemia (ainda) se desenrolar lá fora não significa que o seu próximo date vai ser o último que você vai ter na vida. Aproveite cada encontro (com segurança, claro!) e deixe a relação evoluir naturalmente. Não saia logo de cara fazendo planos de comprar uma casinha no interior com o seu novo amor. Se em 2020 aprendemos que é importante cuidar de si, essa lição não precisa ser esquecida mesmo quando procuramos alguém para compartilhar a vida.
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