9 maneiras de viver com mais calma e leveza mesmo no caos da cidade grande

Atitudes para viver com mais leveza em uma cidade grande
Atitudes para viver com mais leveza em uma cidade grande

É possível levar uma rotina slow e simples em uma cidade como São Paulo? As dicas abaixo são um convite para esta possibilidade

Hå uma imagem jå estabelecida de que grandes centros são um verdadeiro caos. E são mesmo. Quem vive em uma cidade como São Paulo, a maior da América Latina, na qual moro hå quase dez anos, estå diariamente exposto a todos os tipos de caos: do visual ao sonoro. Sem contar a poluição, a demora no trùnsito, a falta de gentileza no meio da correria...

Ufa. Viver em um grande centro urbano Ă© bom, mas, muitas vezes, cansa. Sorte de quem consegue manter escapes para a natureza quase sempre – conheço gente que vai pra praia toda semana e quem vĂĄ pro sĂ­tio todo mĂȘs. Um bĂĄlsamo que, infelizmente, nĂŁo Ă© possĂ­vel para todo mundo – incluindo eu mesma.

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A saĂ­da Ă© olhar com gentileza para a escolha que faço, que Ă© a de viver aqui pelo menos por mais um tempo. É esse olhar mais cuidadoso e gentil que nos permite perceber que podemos mudar a vibração de onde estamos. Somos nĂłs que escolhemos buzinar, negar um pedido de informação ou atĂ© deixar a cidade mais poluĂ­da.

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Nesses quase dez anos, entendi, na prĂĄtica – entre erros e acertos - , que pequenas açÔes moldam a minha intimidade com a cidade. É sobre minha relação com SĂŁo Paulo, mas pode ser tambĂ©m com qualquer lugar.

1. Desacelere

Inspire, respire. NĂŁo Ă© possĂ­vel perceber as sutilezas extraordinĂĄrias de uma rotina sem trocar a pressa pela calma. Isso nĂŁo significa que vocĂȘ vai andar a passos lentos, deixar de cumprir prazos ou nĂŁo se preocupar com os horĂĄrios. É sobre respirar entre uma ação e outra, sobre manter atenção plena. O trĂąnsito no seu carro te irrita? Monte uma playlist com suas mĂșsicas favoritas. Anda de transporte pĂșblico? Leve um livro. Ou simplesmente troque essas açÔes para se forçar a admirar o que vocĂȘ enxergar pela janela. Tire o olhar da tela do celular, respira, observa.

2. Olhe para o alto

Eu me assustava com a ideia de viver em uma cidade de céu cinza. Muitas vezes me surpreendi ao olhar para cima e, obviamente, ver um céu azul. E prédios. E årvores. E o quanto esse contraste todo é bonito e encantador. Isso me recorda de que as diferenças convivem juntas. E que eu também preciso me adaptar a elas. Quando estou a pé por avenidas agitadas, olho pra cima, vejo o seu azul e me sinto menos mal.

3. Ande a pé

Eu nĂŁo dirijo por aqui e sempre me virei andando muito a pĂ© – por morar em regiĂ”es de fĂĄcil acesso -, ĂŽnibus, metrĂŽ e, de uns anos pra cĂĄ, via aplicativos. Ou seja: no trĂąnsito eu passei poucos apuros. E aprendi que andar a pĂ© cria uma outra relação com a cidade. Percebemos coisas impossĂ­veis de enxergar ou sentir pelo vidro do carro – muitas vezes com som ligado, mau-humor...E vou alĂ©m: separar momentos de tempo para andar a pĂ© sem destino certo faz um bem danado. Escolha uma regiĂŁo para explorar...e ande! Se nĂŁo Ă© possĂ­vel, ao menos caminhe por trechos dos seus trajetos obrigatĂłrios. Exemplo: no horĂĄrio de almoço, explore outras ruas em torno do seu trabalho. Acolha os sons e as paisagens por onde vocĂȘ passa. Outra ideia Ă© unir o Ăștil ao agradĂĄvel e incluir caminhada com o intuito de se exercitar.

4. Explore os espaços pĂșblicos

Cidades foram feitas para serem habitadas. Parques, ruas, museus. Parece redundante, mas conheço muita gente que passa anos sem frequentar a vida cultural da própria cidade.

5. Conheça seus vizinhos

Eu mesma conheço pouquĂ­ssimos. Aqui em SĂŁo Paulo sempre morei em prĂ©dio e dĂĄ para contar nos dedos de uma mĂŁo os moradores do qual eu sei o nome. Mas os poucos que eu aprofundei mais a relação me trouxeram boas surpresas. Este ano me desafiei a isso. Recentemente fiquei um mĂȘs sem mĂĄquina de lavar. Quem me salvou? A Susana, uma vizinha do andar debaixo.

6) Cultive hĂĄbitos simples

Alguns håbitos tem a função de nos transportar direto para algum lugar do passado ou uma região que nos remeta calmaria. Passar um café no coador de pano, comer um mingau quentinho, sentar em uma praça e ler um livro...Quem sabe fazer um bolo caseiro no meio da tarde de um såbado.

7. Sorria para estranhos

Um sorriso para quem esbarra em vocĂȘ no metrĂŽ. Para o motorista parado no trĂąnsito ao lado que estĂĄ de cara feira. Para o garçom do bar. Ser simples e slow, sobretudo, Ă© sobre cultivar relaçÔes com gentileza, atenção e presença. E isso Ă© possĂ­vel em qualquer lugar. NĂŁo importa o tamanho.

8. Sua casa, seu refĂșgio

Depois de um dia caĂłtico, hĂĄ coisa melhor do que chegar em casa, tirar os sapatos e deitar no sofĂĄ? NĂŁo importa o quanto simples seja o seu lar. Faça dele um refĂșgio. Plantas e cristais, alĂ©m de decorar, trazem aconchego e energizam o ambiente.

9. Ao primeiro sinal de estresse, procure pela natureza

Se vocĂȘ nĂŁo pode fazer um bate-volta na praia ou em um sĂ­tio, vĂĄ ao parque e caminhe descalço pela grama. Cultive uma horta em casa. Mantenha flores por perto.